“Então chegou uma mulher da
Samaria para tirar água.
Jesus lhe pediu:
‘Dê-me de beber’ ”
(Jo 4, 7)
Somos muitas no
mundo.
Somos negras, brancas
e amarelas.
Somos oprimidas desde
a primeira boneca até o bar lotado de homens fazendo piadinhas sobre nosso
corpo.
Somos gente guerreira
que não abandona o barco do filho perdido, do marido preso, das horas de
trabalho fora de casa, das responsabilidades de mãe solteira, dos estudos
intermináveis, das humilhações diárias.
Somos mulheres e isso
já bastaria.
Somos filhas de
Dandara, de Ester, de Maria.
Nosso Salvador, vindo
do ventre de uma corajosa jovem mulher, sentia desde lá as opressões de um
mundo desigual em que não temos espaço. E, ainda assim, é para a Samaritana que
Ele pede água.
Jesus sempre deixou
clara sua opção pelas marginalizadas e marginalizados. E nós, das Pastorais da
Juventude, não iríamos fazer diferente!
O Dia Nacional da
Juventude (DNJ) deste ano tem como tema “Juventude e Protagonismo Feminino” e
como lema “Jovens Mulheres Tecendo Relações de Vida”, porque acreditamos que as
jovens precisam conquistar seu espaço nesse mundo com muita luta, muito
trabalho e que a sociedade precisa debater e assumir nossa atuação na
construção da História, desde nossos antepassados até hoje.
É preciso saber que
enquanto não tivermos voz, não descançaremos!
Nós mulheres, jovens,
oprimidas pelo dom de termos nascido guerreiras, confiantes, ousadas, cheias de
ternura e firmeza, colocamos nossa voz no mundo para anunciar a Boa
Nova de que somos protagonistas de nossa própria existência, somos sujeitas de
nossa própria história e não vamos mais tolerar sermos rebaixadas por sermos
nós mesmas!
Convocamos todas e
todos para, juntas e juntos, tecermos um mundo mais digno, mais fraterno, mais
feminino, onde a Vida está em primeiro lugar e a morte, a exclusão, a
indiferença não tenham espaço.
Na Esperança do Outro Mundo
Possível e na sede da Água Viva que nos fortalece a caminhada,
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